O ministro Fabio Faria enviará nesta quinta-feira, 13, um comunicado direcionado às operadoras para que refaçam as suas peças publicitárias que informam pacotes e serviços com a tecnologia 5G atualmente. O argumento dele é que isso não seria "5G de verdade". O ministro se refere ao 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing), que traduzido para o português é significa compartilhamento dinâmico de espectro, divulgado pelas operadoras como uma conexão com características da tecnologia 5G.
O 5G DSS é uma técnica que usa frequências "emprestadas" de outras tecnologias de forma dinâmica – ou seja, quando a porção do espectro está livre para ser utilizada. No caso, essa tecnologia utiliza parte das atuais faixas de espectro da telefonia 3G e 4G.
Segundo Faria, muitas empresas estão colocando que ofertam conexão 5G, mas que isso ainda não ocorre de fato antes do leilão com frequências dedicadas, como a faixa de 3,5 GHz. "Muitas empresas estão colocando o 5G no celular. Não existe 5G funcionando [atualmente]. Somente 4G. E vou pedir para que eles não coloquem que estão disponibilizando 5G. Ontem em alguns pontos aqui em Brasília tentei usar esse 5G e o vídeo ficava caindo direto", afirmou o ministro na entrevista ao site UOL nesta quinta-feira, 13.
O comunicado, disse Faria, será informal e com o intuito de pedir que as operadoras não criem falsas expectativas na população sobre o 5G "puro". "Esse 5G que aparece em vários celulares não é 5G. Não é nem 5G standalone e nem não standalone". O ministro das Comunicação acredita que essa divulgação faz referência a uma fase de testes das operadoras, e isso é normal em momentos de transição tecnológica, afirmou. "No comunicado, vou pedir que eles [operadoras) esclareçam que é '4.5G'. E na nota, eu vou falar que isso não é 5G ainda", afirmou.
Vale notar que há anos as operadoras já chamam as redes atuais de LTE-Advanced (isto é, 4G com agregação de diferentes portadoras, como a combinação das faixas de 700 MHz, 1.800 MHz e de 2,5 GHz) como "4,5G".
Fonte: Teletime News de 13 de maio de 2021, por Marcos Urupá.
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