Com o objetivo de fortalecer a governança corporativa, a Telefônica Brasil (Vivo) anunciou na noite desta segunda, 9, o início de conversão de todas as suas 1,119 bilhão de ações preferenciais em ordinárias. A proposta é que a unificação das classes de papéis seja na proporção de uma PN (preferencial) para uma ON (ordinária).
O processo ainda precisa de aprovação da Anatel, que deverá receber o pedido de anuência prévia encaminhado pelo conselho de administração da operadora. Se a agência der o sinal verde, a implementação do processo de conversão, com as condições e orientações propostas, será submetida ao conselho e apresentada em assembleias geral extraordinária (AGE) e especial dos acionistas titulares de ações preferenciais (AGESP).
Nesse processo, o direito de recesso aos acionistas das preferenciais dissidentes pode ser requerido. As informações adicionais e o exercício desse direito devem ser informados pela companhia quando o conselho aprovar a efetivação da conversão.
Conforme explica a Telefônica em comunicado, a ideia é trazer maiores níveis de governança e liquidez, seguindo a "evolução do mercado". Com isso, diz que oferecerá "mais direitos e proteção aos acionistas minoritários, principalmente pela extensão do direito de voto e concessão de tag along".
Dia difícil
O processo tem início em um dia particularmente atribulado no mercado global e nacional. Por conta da guerra de preços do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita, além do impacto do coronavírus e mesmo do desempenho do PIB brasileiro, a Bovespa fechou nesta segunda-feira com queda de 12%. As ações da Vivo caíram respectivamente 5,99% (VIVT4) e 6,84% (VIVT3).
Fonte: Teletime News de 9 de março de 2020, por Bruno do Amaral.
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