O Brasil já tem 91,5% da população em municípios cobertas com infraestrutura de transporte de fibra, segundo dados atualizados do Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações (PERT) divulgados pela Anatel no relatório anual da gestão 2019 nesta terça-feira, 28. O plano foi aprovado em 2019 pelo Conselho Diretor e é atualizado semestralmente, com revisões a cada cinco anos.
Por conta da densidade urbana, contudo, isso não representa o mesmo percentual de cidades atendidas com infraestrutura ótica. Segundo o PERT, 69,7% dos municípios brasileiros contavam com fibra no ano passado. Embora a média nacional seja de 30,3% sem a tecnologia, quando considerados apenas as regiões Norte e Nordeste, a proporção é de 55,2% das cidades sem fibra. No estado de Minas Gerais, a proporção é de 25,5%.
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Na infraestrutura de acesso, a Internet fixa no Brasil tem uma densidade de 15,5%, acima da média mundial, mas "ainda distante" de países desenvolvidos, onde o índice é de 33,6%. O relatório mostra que 2.082 municípios têm velocidade de até 5 Mbps. A média nacional da banda larga, contudo, é de 51,1 Mbps.
O relatório diz que a tecnologia de cobre (xDSL) é adotada em 31,6% dos acessos, enquanto a fibra já representa 30,7% do total (contra 13,6% na versão lançada em junho de 2018). Vale lembrar, contudo, que os dados da própria Anatel referentes a fevereiro de 2020 mostram um percentual muito maior para a fibra: 59,2% do total. O relatório com o PERT diz ainda que, de 14.447 empresas com outorga do serviço de comunicação multimídia (SCM), apenas três grandes grupos detêm 67,13% dos acessos.
Móvel
O 4G cobre 97,2% da população em municípios. Como desafio, a Anatel coloca que o desafio agora é levar o LTE (ou superior, quando o 5G já estiver em funcionamento) para sedes de municípios com menos de 30 mil habitantes. Já o 3G atende a 99,9% dos habitantes, segundo o PERT. O desafio ainda é implantar a tecnologia (ou superior) em distritos não sede dos municípios.
Satélite
Ainda conforme o relatório da agência, o País conta com 53 satélites, dos quais 16 são brasileiros e 37 são estrangeiros. A capacidade satelital diminuiu em relação a 2018, passando de 137 GHz para 136,1 GHz em 2019. Porém, a Anatel diz que o Brasil "possui capacidade satelital suficiente para se adotar políticas públicas de incentivo à demanda em áreas remotas e de difícil acesso com tal tecnologia".
Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2020, por Bruno do Amaral.
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