Além de publicar nesta quinta-feira, 7, seu balanço operacional do primeiro trimestre de 2020, a Telefónica (controladora da brasileira Vivo) também divulgou os termos da planejada fusão entre a operação do grupo no Reino Unido (sob a marca O2) e a Virgin Media, detida pela Liberty Global.
A combinação das duas empresas resultará em joint-venture com 50% do capital detido por cada sócia; para tal, a Liberty Global realizará um pagamento de 2,5 bilhões de libras (cerca de US$ 3,08 bilhões) a fim de equalizar a participação na futura companhia após a diluição da dívida da Virgin. Pendente de aprovações regulatórias, a expectativa é que o negócio seja concluído em meados de 2021.
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O valor de mercado estimado para o novo player é de 31,5 bilhões de libras (ou US$ 38,8 bilhões), fora futuras sinergias. A joint-venture deve somar 46,5 milhões de acessos totais, ultrapassando os 46,3 milhões da British Telecom (BT): serão 32,6 milhões na telefonia móvel, 5,3 milhões na banda larga fixa e 3,7 milhões na TV paga, além de 4,9 milhões de clientes na voz fixa.
A nova empresa também deve se aproximar da principal concorrente em termos de receita, após gerar faturamento de 11,3 bilhões de libras (US$ 13,9 bilhões) em 2019, contra 13,5 bilhões da BT (US$ 16,6 bilhões) no mesmo período.
Oportunidades
Segundo a Telefónica, oportunidades de cross-selling nos segmentos B2C, B2B e atacado devem ser geradas: enquanto a O2 possui 99% da população coberta com 4G, 15 mil estações radiobase (ERBs) e 5G já disponível em 30 praças, a Virgin Media conta com 8 mil quilômetros de fibra ótica, 15 milhões de homes-passed e rede de acesso 100% instalada em dutos próprios.
Até então, apenas a BT oferecia tanto serviços de telefonia móvel quanto de banda larga fixa e TV paga no Reino Unido através de infraestrutura própria. As sinergias projetadas pela Telefónica na fusão rondam 6,2 bilhões de libras (US$ 7,65 bilhões) dentro de um intervalo de cinco anos.
Ao afirmar que a fusão com a Virgin Media no Reino Unido está em linha com a nova estratégia do grupo, a Telefónica também destacou que tem um processo de M&A em andamento no Brasil, onde a Vivo e a TIM estão em conversas para aquisição da Oi Móvel.
Fonte: Teletime News de 7 de maio de 2020, por Henrique Julião.
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