Representantes das operadoras Claro, TIM e Vivo questionaram nesta segunda-feira, 14, a oferta pela Algar Telecom de um chip M2M "multioperadora". A solução atenderia módulos de Internet das Coisas (IoT) a partir de roaming que, para as principais operadoras, não tem amparo legal por se classificar como roaming permanente.
"Nossa visão é que o roaming permanente não é permitido no Brasil, seja interno ou externo. Um chip da Algar que fique permanentemente fora da área de cobertura Algar, no nosso ponto de vista é proibido", afirmou o diretor de negócios de IoT da Claro, Eduardo Polidoro, durante evento promovido pelo portal Tele.Síntese.
"Ele deveria ser desconectado da operadora que está permitindo o roaming permanente", prosseguiu. "Imagina a gente faz todo o investimento e entra um chip da Algar no investimento que a gente fez e a receita vai pra Algar? É sem sem sentido e regulatoriamente, não é permitido".
"Nós da TIM temos a mesma visão", argumentou o head de marketing corporativo e IoT da TIM, Alexandre Dal Forno. "É uma questão de regulação, não de opinião. Nenhuma operadora pode ter roaming permanente, isso é ilegal. E nessa linha, esse chip multioperadora que a Algar está oferecendo faz esse tipo de solução".
Head de IoT, big data e inovações B2B da Vivo, Diego Aguiar foi mais cauteloso e disse não conhecer a operação específica da concorrente. "Mas roaming permanente é proibido e operadoras com determinadas licenças para atuar em determinadas regiões não poderiam atuar em outras regiões. Essa transição de redes me parece um tanto quanto fora do comum".
Posicionamento
Procurada por TELETIME, a Algar Telecom afirmou que "não há qualquer irregularidade na prestação desse serviço e que a solução atende aos requisitos legais previstos na regulação de telecomunicações brasileira. O roaming, facilidade essencial para garantir ampla mobilidade aos clientes, está suportado por contratos firmados de forma transparente".
Fonte: Teletime News de 14 de setembro de 2020, por Henrique Julião.
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