Cada vez mais interessadas no atendimento do agronegócio, operadoras como Claro, TIM e Vivo têm apostado na criação de ecossistemas que permitam ofertas para além de conectividade ao cliente do campo.
Durante evento virtual realizado nesta segunda-feira, 14, representantes das empresas abordaram a estratégia. "Nós tentamos desenvolver uma cadeia end-to-end, na qual a gente leva ao produtor não só a conectividade, mas todo um portfólio", afirmou o head de IoT, big data e inovações B2B da Vivo, Diego Aguiar.
Head de marketing corporativo & IoT da TIM, Alexandre Dal Forno seguiu caminho semelhante. "A inclusão digital do campo vai além da digitalização do agro. Ela é uma estratégia de começar pela conectividade, mas trazer outras soluções". Neste sentido, a empresa destacou o papel da associação ConectarAgro, liderada por ela.
"Nós acreditamos que existe um papel da operadora de agregar valor ao business do produtor. Quando isso acontece em conjunto [com outras soluções], o valor percebido é maior", completou o diretor de negócios de IoT da Claro, Eduardo Polidoro. Entre elementos que foram destacados durante o evento (promovido pelo portal Tele.Síntese) estão a Internet das Coisas (IoT).
No caso da Vivo, um exemplo prático deste movimento foi a incorporação do serviço de duas startups (uma para eficiência de maquinário e outra, para economia de recursos naturais) no portfólio para agro da operadora. A integração ocorreu após um programa de inovação realizado ao lado de parceiros.
"Com nossa capilaridade, conseguimos agregar e tornar mais fácil a adoção de tecnologias e o encontro de soluções. Cortamos esse caminho e viramos um facilitador", argumentou Aguiar.
700 MHz
A existência de um ecossistema também foi uma das principais razões para executivos das teles preferirem a faixa de 700 MHz em detrimento de outras opções como o 450 MHz e o 250 MHz para atendimento do agro.
Pela TIM, Alexandre Dal Forno lembrou que enquanto o 700 MHz conta com uma série de opções em equipamentos e smartphones, o mesmo não ocorre nas demais frequências. Segundo ele, se o 700 MHz já está pronto para massificação da conectividade no agro, as outras opções ainda seriam "embrionárias".
Ainda assim, o uso do 450 MHz para projetos de nicho (como redes privadas) também foi valorizado. O 250 MHz, por sua vez, teve seu uso desacreditado por Polidoro, da Claro, por conta da falta de um ecossistema que suporte a faixa. "Para o agro, ele está fora de avaliação".
Fonte: Teletime News de 14 de setembro de 2020, por Henrique Julião.
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