A estratégia da Sky para enfrentar a erosão do mercado de TV paga passa por três pilares: apostar numa abordagem mais regionalizada e tirar proveito do movimento de migração da banda C após o leilão do 5G. O CEO da operadora de TV pro satélite Sky, Raphael Denadai, afirma que a empresa está preparada para endereçar essas questões.
Durante o Pay-TV Forum 2021, evento online organizado por TELETIME e Tela Viva e que acontece nesta segunda-feira, 9, e continua na terça-feira, 10, Denadai declarou que ainda há limitações do ponto de vista regulatório e comercial para passar a oferecer pacotes regionais, mas diz que a companhia está trabalhando na flexibilização possível para esse mercado.
"Algumas customizações a gente consegue fazer, e estamos fazendo. Começa pela mídia, com investimentos em festas e temas locais. Os broadcasters são sempre muito parceiros", explica.
"Queremos nos aproximar cada vez mais dos assinantes e aqueles que serão clientes de forma customizada. Do ponto de vista do atendimento e de entregar todas as filiadas regionais e broadcasters do País", disse o executivo.
Migração
O CEO da Sky imagina também que haverá oportunidade na migração do serviço de TV parabólica (TVRO) da banda C para a banda Ku por conta da limpeza da faixa de 3,5 GHz para o 5G. Segundo Raphael Denadai, haverá benefícios ao se oferecer o satélite Sky Brasil-1 (Intelsat 32e).
"É uma oportunidade única, são aproximadamente entre 15 e 20 milhões de domicílios que migrarão da banda C para a Ku, e nós vemos como excelente oportunidade para poder entregar nosso serviço para mais de 20 milhões de famílias, mostrando que é acessível e trazer educação e entretenimento de forma ainda mais eficiente", declara.
Na visão dele, a capilaridade da Sky como empresa de cobertura nacional, com rede de parceiros com mais de 50 mil técnicos, instaladores e prestadores de serviço, traz um diferencial para a empresa. Para tanto, há a consideração de que a operadora atue como hotspot para os radiodifusores na migração do satélite Star One C2 para outros artefatos, como o próprio Sky Brasil-1.
"Eu acredito que não haverá um único satélite, será mais do que um. E a Sky está sem dúvida entre aqueles que estão oferecendo o serviço de qualidade. A decisão será tomada por todos os broadcasters, e confiamos que a Sky será uma das escolhidas, não só pelo ponto de vista de capilaridade e serviços", declara, citando o satélite
Internet
Pela natureza unidirecional da tecnologia do DTH, a Sky precisa contornar a questão com a possibilidade de oferecer interatividade por meio da banda larga de terceiros. A companhia tem para isso o set-top box Sky Connect, que vem com sistema operacional Android e traz integração com o Google Assistente, incluindo possibilidade de trocar de canal e mudar o volume por meio de comandos de voz.
Vale lembrar que a controladora da Sky, a Vrio, foi recentemente vendida pela AT&T para o grupo empresarial argentino Werthein por US$ 4,6 bilhões, incluindo toda a operação na América Latina e a empresa de distribuição de canais lineares pela Internet, a DirecTV Go.
Fonte: Teletime News de 9 de agosto de 2021, por Bruno do Amaral.
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