A Highline considera que a Anatel terá, inevitavelmente, que enfrentar uma discussão sobre aspectos importantes da regulamentação dos serviços móveis após o leilão do 5G. "Há dois movimentos em curso que vão definir o que será o mercado nos próximos anos: o leilão de 5G e a aprovação da Oi Móvel. Depois disso, o mercado será outro, e algumas coisas precisarão ser discutidas à luz dessas novas situações", diz Paulo Martins, diretor de relações institucionais e novos mercados da Highline.
Ele aponta como mais urgentes a necessidade de discussão das regras de roaming, das regras de uso secundário e, obviamente, do conjunto de regras do Regulamento de Uso do Espectro. "O edital do 5G fez um excelente trabalho ao abrir as possibilidades, e certamente o mercado será diferente depois do leilão. Teremos certamente alguns operadores regionais, eventualmente um player nacional com uma nova proposta. Depois disso, a Anatel terá que rever o ambiente regulatório", diz o executivo.
Ele não critica o edital e nem se mostra frustrado por não ter conseguido algumas das mudanças. "O edital avançou muito, mas ele é uma etapa de uma mudança maior no mercado", diz.
O cenário atual talvez não seja tão propício para a entrada de novos atores no mercado móvel como seria antes da pandemia. "Tem outro contexto econômico agora, e o cenário regulatório pesa (para a atração de novos investidores). Mas ainda há muitas oportunidades de avanços no mercado", diz ele.
Ele diz não esperar grandes surpresas entre as empresas que vão disputar o leilão para além daquelas que se manifestaram na fase de perguntas. "Para quem analisa o mercado há algum tempo, sempre foi claro que o leilão seria desafiador. Não é só o preço, mas um conjunto de obrigações, mas existem oportunidades ".
Fonte: Teletime News de 20 de outubro de 2021, por Samuel Possebon.
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