Controladora da Claro, a América Móvil obteve aprovação de seus acionistas para criar uma empresa (a Sitios Latinoamérica) que reunirá torres de operações do grupo na América Latina, incluindo cerca de 12,5 mil sites no Brasil.
Em assembleia na última quarta-feira, 29, detentores de 98% dos papéis do conglomerado mexicano deram sinal verde para a cisão – que também envolverá os mercados da Argentina, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana e Uruguai.
Ao todo, serão mais de 36 mil torres reunidas; os ativos na Colômbia não fazem parte do acordo. A América Móvil já manifestou intenção de concluir a criação da nova empresa neste ano.
Tendência
O movimento de cisão estava no planejamento da controladora da Claro desde 2020, sendo divulgado ao mercado em fevereiro. Segundo documento que detalhou a transação, a Sitios Latinoamérica atenderá empresas do grupo América Móvil, mas também poderá ser fornecedora de outras operadoras, incluindo concorrentes em alguns mercados.
"A transação possibilitará a operação independente de dois tipos diferentes de negócios e permitirá que cada um deles atenda de forma mais eficaz as suas correspondentes necessidades financeiras, operacionais, tecnológicas e administrativas", afirmou a companhia – que não tinha interesse em alienar as torres para terceiros, como gestoras especializadas nos ativos.
O spin-off ainda está sujeito à condições e ajustes habituais em reorganizações, devendo cumprir requisitos aplicáveis diante das leis do México e também nas demais jurisdições onde as torres de telecomunicações estão localizadas.
Etapas preliminares do processo já estão em curso, passando por reorganizações internas, aquisições e separações. No caso do Brasil, a entidade que reunirá os pontos que farão parte da nova operadora de infraestrutura é a Torres do Brasil S.A.
Também está previsto que a Sitios Latinoamérica receba demais elementos de rede passiva, parte do capital social da matriz e ações das subsidiárias que hoje detêm torres da América Móvil. Por sua vez, atuais acionistas da gigante mexicana receberão papéis proporcionais da empresa estreante.
Fonte: Teletime News de 30 de setembro de 2021, por Henrique Julião.
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