quarta-feira, 6 de outubro de 2021

ISPs vão para briga nacional no leilão do 5G

Os ISPs da Iniciativa 5G Brasil vão para a briga no leilão 5G por uma licença nacional. A informação foi dada pelo diretor Executivo, Rudinei Gerhart, ao participar de evento do Tele.Síntese, nesta terça-feira, 05/10. Segundo ele, há pontos falhos no edital 5G, como a não determinação do roaming obrigatório por um período entre três e cinco anos, até que se estabeleça um nível de cobertura adequada.

"O edital não foi o que entendemos que seria o melhor para dar mais competitividade. Uma operação de telefonia móvel necessita de 700 Mhz e 3,5GHz e, como está, é possível que um ISP pegue uma de 700 MHz e não uma de 3,5GHz. Sem as duas faixas, a operação é insustentável técnica e comercialmente", afirmo Gerhart. Ao Teletime, o executivo confirmou que 421 provedores se mobilizaram para participar do leilão.

Com relação ao modelo, Gerhart diz que há três opções de participação: o ISP será dono de uma operadora, que terá o espectro e que vai usar uma infraestrutura de 1 milhão de km de fibra ótica no inventário. "O ISP será proprietário da operadora, mas também operador e mantenedor da infraestrutura", diz.

A segunda opção, o ISP será proprietário da operadora e vai atuar como uma MVNO dessa própria operadora, com sua marca própria. E a terceira opção é o ISP ser dono da operação e oferecer OEM da rede e ser um MVNO. "O que motiva um ISP a ter uma operação de telefonia móvel é para complementar a de banda larga", explica.

Sobre a disputa, o diretor Executivo da Iniciativa 5G Brasil disse que o 5G standalone é novo para os provedores Internet, mas também o é para as operadoras. "O formato standalone, que prevê tudo em 5G, é diferente e novo. E, por isso, permite uma equidade na disputa", relata o executivo.

O líder global de Marketing para segmento de provedores da Ciena, Francisco Sant'Anna, observou que estudo recente mostra que apenas as oportunidades de atacado para conectividade 5G na América Latina estão projetadas em US$ 1,5 bilhão de serviços em 2025. "É um mercado enorme e o Brasil representa a metade desse potencial", completou.

Fonte: Convergência Digital de 5 de outubro de 2021, por Ana Paula Lobo.

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