O grupo Claro Brasil (América Móvil) terá uma quarta unidade de negócios. A empresa está criando uma unidade específica para tocar a operação de TV por assinatura via satélite (DTH), a Claro TV, que até aqui estava vinculada à unidade de negócios residenciais fixos, juntamente com a Net e com os serviços de banda larga e telefonia fixa. A decisão de criar uma nova unidade, segundo apurou este noticiário, se deve à constatação de que, para crescer e se tornar uma unidade competitiva, precisava ter vida própria. O negócio de TV por assinatura via satélite é essencialmente diferente do mercado de cabo por estar baseado em uma complexa cadeia de logística, distribuidores e instaladores. Além disso, o produto tem limitações diferentes (por exemplo, a dificuldade de venda em bundles com a banda larga) e a realidade de mercado hoje impõe outras formas de venda, como a venda pré-paga.
Segundo apurou este noticiário, há um comitê formado para compor a equipe desta nova unidade de negócios. Quem comanda este comitê no momento, como consultor, é Ricardo Miranda, que foi presidente da Sky, mas ele não deve permanecer efetivo no comando da Claro TV. José Félix, presidente do grupo, e Daniel Barros, CEO da unidade de negócios residenciais fixo, também participam das decisões do comitê e da montagem da equipe. A ideia é que a Claro TV tenha autonomia em sua estratégia comercial, definição de produtos e relacionamento com a cadeia de vendas e instalação, mas seguirá partilhando as áreas financeira, estratégica e compras de programação entre outras, hoje centralizadas na Claro Brasil, a exemplo do que acontece com a Claro Móvel e Embratel.
A América Móvil criou, em 2008, o que hoje é a Claro TV, de maneira separada da Net e vinculada à Embratel (na época com o nome Via Embratel), justamente por ser uma plataforma baseada em satélites. Com a unificação da empresa, há três anos, ela foi remanejada para a estrutura de TV paga, liderada pela Net. A Claro TV tem cerca de 2,3 milhões de assinantes (dados de maio), mas chegou a ter quase 3,8 milhões em novembro de 2014. A queda de base da Claro TV é considerada uma das principais causas da retração do mercado de TV paga como um todo.
Fonte: Teletime News de 27 de novembro de 2017, por Samuel Possebon.
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