O diretor-executivo de operações (COO) do Grupo Telefónica, Ángel Vilá, confirmou que a estratégia da controlada Telefônica Brasil para o mercado de TV paga será no crescimento orgânico com novas tecnologias, e não em possível aquisição da Sky. A declaração foi feita durante teleconferência dos resultados da companhia espanhola para o terceiro trimestre e seguem em linha com o que já havia mencionado o braço brasileiro no dia anterior.
A operadora se volta ao IPTV no mercado brasileiro com base no crescimento da penetração da oferta de FTTH. E em outros mercados, como o da Argentina, por exemplo, a tecnologia também deverá ser introduzida. "Nossa estratégia está mais focada no IPTV e, além disso, nesses mercados onde temos uma posição inferior em IPTV, estamos focando na estratégia de agregador over-the-top, chamamos de Movistar Play e já está lançado em alguns dos nossos mercados", declarou ele.
Vilá explica que a companhia prefere atacar as duas frentes – IPTV e OTT – em vez de se voltar para o DTH, mesmo que na América Latina possa haver oportunidades para esta tecnologia. Por conta disso, diz não estar antecipando uma possível compra de ativos da AT&T – ou seja, a Sky – caso a companhia norte-americana precise desinvestir para prosseguir com a fusão com a Time Warner. "Tendemos a olhar as oportunidades sempre para a consideração do mercado, mas teria de fazer sentido em termos de condições de valor", afirma. "Estamos no momento focados em nosso desenvolvimento orgânico."
Digitalização e infraestrutura
O Grupo Telefónica também anunciou nesta quinta-feira que está avançando no processo de digitalização da companhia espanhola e suas controladas. Até o momento, 55% dos processos fim-a-fim estão já disponíveis, em grande parte graças à digitalização de 19% da base de clientes por meio de projetos full-stack e um "enorme aumento" na capacidade de big data. "Em resumo, grandes progressos foram feitos, permitindo-nos competir melhor no mundo digital", declarou Ángel Vilá.
O executivo comentou ainda sobre processos de compartilhamento de infraestrutura na América Latina, afirmando contar com "vários acordos" do tipo e que acredita que o compartilhamento é uma forma de reduzir custos de rede sem afetar a cobertura e a qualidade. Porém, segundo ele, a prática "faz sentido absoluto onde a infraestrutura não é uma vantagem competitiva".
Fonte: Teletime News de 26 de outubro de 2017, por Bruno do Amaral.
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