Com o início das operações do sistema Seabras-1, que liga São Paulo a Nova York, a provedora de serviços de rede Tata Communications anunciou o início de suas operações no Brasil nesta segunda-feira, 13. A empresa assinou contrato em janeiro de 2015 com a operadora de cabos submarinos Seaborn para utilizar a capacidade da infraestrutura, embora na época a previsão fosse de início de operação no quarto trimestre de 2016. Agora, a companhia do grupo indiano Tata, e que já está presente em 38 países, inicia sua estratégia de entrada no mercado latino-americano para oferecer serviços para empresas e operadoras brasileiras, além de serviços de conectividade e TI para multinacionais.
O anúncio vem também com a integração do Seabras-1 com a rede de cabos submarinos Wall, em Nova Jersey. A companhia explica que, com isso, espera evitar rotas "altamente congestionadas" a partir de Miami, fazendo link direto entre os centros financeiros de Nova York e São Paulo. E como se integra ao próprio sistema submarino, permite acesso das empresas e operadoras no Brasil a Londres e o resto da Europa, Oriente Médio e Ásia. Entre as verticais em potencial, a Tata Communications espera fazer negócios com empresas no setor financeiro, tecnologia e manufatura que estão aderindo à nuvem, mobilidade e Internet das Coisas.
A Tata Communications mantém e opera o que afirma ser a única rede de cabos submarinos que circunda o planeta. A infraestrutura total conta com 210 mil km de fibra terrestre e 500 mil km de fibra submarina, conectando 240 países e territórios. Diz ainda que cerca de 25% de todo o tráfego mundial de Internet passa pela rede da companhia.
A rota Seabras-1 foi construída pela Alcatel-Lucent Submarine Networks/Nokia, com cabos de fibra apagada para rotas metropolitanas e de backhaul no fim de cada ponta. O sistema de 10,8 mil km de cabo com 125 repetidores utiliza seis pares de fibra com capacidade inicial máxima de 72 Tbps. Deverá incluir ramificações instaladas com certos pares de fibra em Halifax (Canadá); Ashburn, Miami e St. Croix (EUA); Fortaleza e Rio de Janeiro; e Las Toninas (Argentina). Além da Tata Communications, a Microsoft, a Telecom Italia (controladora da operadora brasileira TIM), Netell Telecom e Citatel Dutos e Fibras Ópticas já anunciaram ter comprado capacidade do cabo.
Fonte: Teletime News de 13 de novembro de 2017, por Bruno do Amaral.
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