A Nextel Brasil registrou US$ 200,2 milhões em receitas de serviços no terceiro trimestre, uma queda de 21,71%. No acumulado de janeiro a setembro, a queda foi de 7,73%, total de US$ 663,7 milhões. Os dados foram divulgados pela controladora Nii Holdings nesta quinta-feira, 9.
A operadora brasileira ainda observou prejuízo operacional ajustado antes de depreciação e amortização (OIBDA) de US$ 30,7 milhões no trimestre (contra lucro operacional de US$ 23,6 milhões no período em 2016). Nos nove meses, o prejuízo operacional foi de US$ 152 milhões, contra lucro de US$ 51,6 milhões no ano anterior.
Em comunicado, o CFO da controladora, Dan Freiman, ressaltou que apesar do prejuízo OIBDA no trimestre, a companhia conseguiu limitar a queima do fluxo de caixa livre. Destacou ainda que as atualizações nos acordos de empréstimos com bancos brasileiros permitiram à companhia focar em executar o plano de negócios e levar a Nextel "de volta ao caminho do crescimento".
Controladora
Por sua vez, a Nii Holdings observou que a receita operacional caiu 21,47%, totalizando US$ 204,8 milhões no trimestre. No período de nove meses, o total foi de US$ 680,9 milhões, recuo de 7,56%.
O prejuízo líquido, por outro lado, foi reduzido. No trimestre, ficou em US$ 94,5 milhões (contra US$ 1,411 bilhão em 2016), enquanto no acumulado do ano foi de US$ 272 milhões (contra US$ 1,449 bilhão no ano anterior).
Vale ressaltar que na última terça-feira, 7, a AINMT pediu mais tempo para exercer a opção de investir os US$ 150 milhões adicionais na Nextel no Brasil, o que a tornaria acionista maioritária da operadora brasileira. No comunicado do balanço financeiro, a Nii afirmou que está atualmente discutindo os termos com o grupo norueguês.
Operacional
A base iDEN da Nextel caiu 53,26% em 12 meses, mas ainda eram 449,7 mil acessos em setembro. A companhia já está informando os clientes que irá desligar a tecnologia em 2018, o que indica que ela precisará promover a migração a um ritmo mais avançado.
A base 3G e 4G da operadora aumentou 3,62%, e agora totaliza 2,845 milhões de acessos. Em termos de adições líquidas, percebe-se que o ritmo de crescimento dessas tecnologias acontece em uma toada mais lenta do que a iDEN em desconexões – ou seja, há menos migração e maior churn na base. Isso fica evidente ao se mostrar que a empresa reduziu a base total em 11,13% em um ano, ficando com 3,295 milhões de acessos.
De acordo com a Nextel, houve 13,3 milhões de migrações de iDEN para WCDMA/LTE no trimestre, uma queda de 61,89%. O churn da empresa no iDEN é de 6,89% (aumento de 2,24 pontos percentuais), enquanto no serviço móvel pessoal é de 4,04% (avanço de 0,31 p.p.). No total, o churn é de 4,47%, aumento de 0,48 p.p. em relação a 2016. Com isso, caiu também a receita média por usuário: de US$ 21 para US$ 19.
Fonte: Teletime News de 9 de novembro de 2017, por Bruno do Amaral.
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