quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Reunião entre CEOs e Anatel foca no TAC em em auto-análise do setor

A reunião da Anatel com todas as operadoras de telecomunicações realizada nesta terça, 23, com presença das principais empresas (incluindo Nextel e Sercomtel), acabou sendo uma sessão de debate sobre as questões que hoje mais incomodam o setor. Os participantes da reunião saíram com o compromisso de não dar detalhes à imprensa, mas segundo relatos de interlocutores que conversaram com os participantes, é possível ter uma ideia dos principais temas que foram tratados. De um lado, houve um debate intenso sobre os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), onde a disputa protagonizada pela Claro e pela TIM contra o TAC da Telefônica deu mostras de ainda ser um tema sensível e bastante delicado para a indústria. A Anatel não escondeu na reunião sua insatisfação com a forma como essa questão foi conduzida pelas empresas, por entender que se perde a oportunidade de discutir um mecanismo positivo de incentivo por conta de um receio de que a agência não estaria atenta aos riscos competitivos. A agência têm procurado demonstrar que mesmo no caso do TAC da Telefônica, ainda que haja previsão de construção de redes em cidades com competição, será possível assegurar o atendimento à população carente.

Outro tópico do debate foi o PL 79 e as falhas do setor de telecomunicações de comunicar melhor as mudanças e os benefícios do projeto sob a ótica da infraestrutura, mas parece haver um certo consenso de que dificilmente será possível fazer algo para que o projeto saia do limbo em que se encontra em um ano eleitoral e sem o apoio do presidente do Senado, Eunício Oliveira, ou do próprio governo. em determinado momento da reunião, segundo interlocutores, discutiu-se inclusive ações que o setor poderia fazer de maneira proativa para voltar a ganhar a batalha da opinião pública e da comunicação, e os esforços de cooperação entre as diferentes empresas, que em 2017 pareceram não existir.

Fonte: Teletime News de 23 de janeiro de 2018, por Samuel Possebon.

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