Após a aquisição do controle acionário da Telecom Italia pela francesa Vivendi (que disputou, mas acabou sendo obrigada pela a Consob – Commissione Nazionale per le Societá e la Borsa – a reconhecer a posição, com 23,94%), o governo italiano entende que a companhia tem papel estratégico na soberania nacional. Por conta disso, o ministro do desenvolvimento econômico da Itália, Carlo Calenda, disse em entrevista ao canal Bloomberg na segunda-feira, 8, que a empresa deveria ser separada em duas entidades legais. Ele disse que o grupo, controlador da TIM Brasil, está estudando as possibilidades e "oportunidades" para concretizar isso. O próprio ministério e a agência reguladora Agcom estariam auxiliando a Telecom Italia a "definir o perímetro da rede, o que não é fácil de jeito algum".
Por conta do avanço da Vivendi sem aviso prévio ao primeiro ministro, o governo italiano ameaça multar a empresa em até 300 milhões de euros. Calenda disse que acredita ser "sábio" reduzir essa quantia, que é equivalente a 1% das receitas combinadas da Telecom Italia e da Vivendi. Mas ressaltou que a rede da empresa é importante, e por isso consulta o Conselho Estadual para saber se mantém o valor.
As medidas afetariam as três unidades do grupo: a TIM, marca também utilizada na Itália para os serviços de telefonia e Internet; a Sparkle, braço do atacado e que controla os cabos submarinos da empresa (incluindo o brasileiro SAM-1); e a Telsy, que fornece criptografia para celulares utilizados por militares e políticos italianos.
Fonte: Teletime News de 9 de janeiro de 2018, por Bruno do Amaral.
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