terça-feira, 23 de outubro de 2018

Angola Cables quer transformar rota para Luanda em hub

Já em operação desde o início do mês, o Sistema do Cabo do Atlântico Sul (SACS, na sigla em inglês) faz parte da estratégia da operadora de cabos submarinos Angola Cables para tornar um hub para o Hemisfério Sul. A ideia é combinar o sistema com o cabo Monet (que conta com participação da angolana em conjunto com Google, Algar Telecom e a uruguaia Antel) e o Sistema do Cabo da África Ocidental (WACS) para oferecer rotas não só para o país africano, mas também para os Estados Unidos e Europa. A companhia espera mudar "drasticamente" as opções globais de tráfego, melhorando a eficiência de redes que atendem à região.

O cabo, construído e implantado pela NEC, conecta Fortaleza a Luanda e tem como objetivo atender a mercado de provedores de Internet, de serviço em nuvem e de conteúdo over-the-top. De acordo com a Angola Cables, o sistema consegue fazer uma transmissão entre as capitais cearense e angolana ser reduzida de 350 milissegundos para 63 ms. Por meio do roteamento com o Monet, permite também ligar Luanda a Londres e Miami em aproximadamente 128 ms. Já entre Miami e Cape Town (África do Sul), a latência cairá de 338 ms para 163 ms.

Além do início da operação do cabo submarino, a companhia também anunciou lançamento de serviço de peering remoto, que utiliza a infraestrutura para chegar à Europa e aos principais pontos de troca de tráfego (PTTs) europeus pela África. Conforme pontua a empresa, isso significa "não precisar passar obrigatoriamente pelos Estados Unidos".

"Nossa ambição é transportar pacotes de dados da América do Sul e Ásia, via nosso hub africano usando o SACS, e junto com Monet e WACS, proporcionar uma opção de conectividade direta mais eficiente entre as Américas do Norte, Central e do Sul para África, Europa e Ásia", afirmou em comunicado o CEO da Angola Cables, António Nunes. O cabo tem extensão de mais de 6,2 mil km, capacidade de 40 Tbps e com largura de bandas de 100 Gbps x 100 Gbps em cada par de fibras.

Fonte: Teletime News de 22 de outubro de 2018, por Bruno do Amaral.

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