O Mobile World Congress Americas, que acontece esta semana em Los Angeles, tem sido principalmente sobre a transformação da indústria e dos diferentes setores da economia com a nova geração dos serviços móveis, a 5G. E a Verizon, uma das duas maiores operadoras de celular e serviços fixos dos EUA, anunciou esta semana o lançamento de seu primeiro serviço 5G a partir do dia 1 de outubro. O produto é oferecido pela divisão de serviços móveis da Verizon, mas é um serviço fixo inicialmente, destinado a levar serviços semelhantes aos oferecidos pelas redes de fibra da empresa para o cliente residencial. Trata-se de um produto de cerca de US$ 50 a US$ 70 (a depender do bundle de serviços), com velocidades entre 300 Mbps e 1 Gbps. As cidades em que o serviço será lançado são, inicialmente, Houston, Indianópolis, Los Angeles e Sacramento. Nos EUA existe uma grande concorrência entre os quatro operadores (AT&T, Verizon, T-Mobile e Sprint) para a introdução das redes de 5G.
Ronan Dunne, presidente da Verizon Wireless, abriu o segundo dia do evento em Los Angeles, e como os demais executivos das empresas de telecomunicações foi enfático sobre a importância e urgência de desenvolvimento do ecossistema 5G. Mas ele foi claro: o setor não fará esta mudança sozinho. É preciso que todo o ecossistema de prestadores de serviços e fornecedores se envolva com a nova tecnologia. "A 5G é uma viabilizadora de várias tecnologias, com inteligência artificial, deep analytics, conectividade plena, e isso tem impacto em educação, saúde, entretenimento e muitas outras áreas", afirmou. "Estamos abrindo o acesso como nunca fizemos", disse ele. Mas para o executivo, o setor de telecomunicações precisa "trabalhar com educadores, com a sociedade civil, com governos e autoridades para explorar o potencial da 5G". A infraestrutura, diz ele, é essencial, "mas não vamos fazer nada sozinhos, precisamos de colaboração e engajamento".
A Verizon está apostando, nessa sua primeira iniciativa, no desenvolvimento de um ambiente de casa conectada como "killer application" para os serviços 5G. A empresa ainda está usando um padrão próprio de tecnologia de acesso mas está comprometida a adotar o padrão da indústria tão logo esteja disponível. "Agora que a tecnologia já existe, precisamos acelerar a adoção o quanto antes".
Fonte: Teletime News de 13 de setembro de 2018, por Samuel Possebon.
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