As condições finais da venda do controle da V.tal pela Oi aos fundos do BTG Pactual podem implicar em até 65,27% das ações da empresa de infraestrutura com a nova controladora.
A fatia representa até 7,38% a mais que o previsto anteriormente (57,9%). A razão para tal são ajustes nos termos finais da operação que incluem, segundo a Oi, "condições comerciais mais favoráveis" no preço mensal pago por casa conectada (HC) da V.tal e no índice de reajustes do contrato. Além de sócia, a Oi será cliente da empresa de redes neutras.
A natureza da relação futura entre as partes foi o principal ponto das "complexas negociações" travadas nos últimos meses, indicou o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, em call nesta sexta-feira, 10. O valor exato das novas condições comerciais será apurado até julho de 2023, determinando quanto dos 7,38% de ações adicionais serão repassadas ao BTG. Em caso de transferência da totalidade, a Oi manteria 34,7% da V.tal.
Fatores extra
Além deste componente, a Oi ainda deverá fazer aportes ao caixa da V.tal relacionados ao uso da rede FTTH da empresa desde o começo de 2022 e de ajustes de capex. A condição estava prevista em contrato como parte do modelo de "locked box" adotado nas operações da V.tal, que atua de forma independente desde dezembro de 2021.
Tais cifras serão apuradas em até 90 dias após o fechamento do negócio mas, de acordo com Abreu, devem rondar R$ 100 milhões mensais pelo uso da infraestrutura FTTH (ou R$ 700 milhões até julho), mais ajustes residuais que podem levar a conta para cerca R$ 1 bilhão.
Uma outra alteração nos termos originais envolve a permanência com a Oi de equipamentos instalados na casa dos clientes de banda larga. Os terminais ópticos (ONTs) da base instalada teriam valor estimado em cerca de R$ 1 bilhão, segundo Abreu, e foram retirados do negócio com o BTG Pactual em comum acordo.
Fonte: Teletime News de 10 de junho de 2022, por Henrique Julião.
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