A chegada do 5G deverá ser potencializada pela maior adoção da nuvem, na visão de executivos da TIM e de fornecedores de cloud durante o SciBiz – Science meets Business, evento organizado pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP) nesta quinta-feira, 23. A CIO da operadora, Auana Mattar, colocou que essa adoção da tecnologia ainda está no início, mas ocorre de forma acelerada e deve trazer mais do que apenas uma evolução.
"É uma mudança de paradigma, pois saímos de competição para parcerias que não imaginaríamos viabilizadas mundialmente", declarou a executiva. Ela destaca ainda que o 5G combinado com a nuvem, especialmente como edge computing, vai permitir a redução de latência de forma a remodelar o trabalho, por exemplo, já que será possível ter acesso em tempo real e com mais definição. "A abordagem passa a ser muito mais por projeto, com tudo mundo [disponível] na mesa."
Mattar comenta que na TIM, especialmente na ótica dos serviços corporativos, a nuvem permitirá tratar de casos específicos, uma vez que permite maior flexibilidade na escala. "Eu considero o Brasil o país com maior potencial do mundo [para a tecnologia], o agronegócio tem vários problemas a ser resolvidos." A CIO ainda comentou as possibilidades de transformação digital para a educação.
"O 5G não vive sem nuvem, e o vejo como habilitador de novos modelos, ofertas e parcerias", complementou o vice-presidente sênior de tecnologia da Oracle, Rodrigo Galvão. Vice-presidente e CTO de customer success da Microsoft, Fernando Lemos coloca que a transformação do capex para opex reduziu os investimentos e permitiu à TIM aumentar a receita méida por usuário (ARPU). Disse também que as empresas podem "coinvestir em novas tecnologias e negócios, como IoT, metaverso etc."
Fonte: Teletime News de 23 de junho de 2022, por Bruno do Amaral.
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