Além do projeto piloto de migração dos clientes da Oi Móvel para a sua rede na área de numeração 19 (correspondente a Campinas) a TIM já iniciou também o processo de migração nos DDDs 53 (região de Pelotas) e 95 (Boa Vista), e a expectativa é que os DDDs 11, 21 e 61 (São Paulo, Rio e Brasília), onde está a maior quantidade de clientes, comecem a passar pelo processo de migração de rede em junho e julho, nos mesmos moldes do que está sendo feito nas praças de teste, explicou Leonardo Capdeville, CTIO da TIM, ao TELETIME Live.
A migração de clientes oriundos da Oi Móvel para a rede da TIM começa em um processo "roaming-like", em que os clientes Oi que não tenham cobertura ou estejam em áreas com sinal fraco são recebidos na rede da TIM. Em breve, a rede da Oi Móvel será desativada, permanecendo penas a rede TIM, "turbinada" com o espectro adicional da Oi Móvel, o que deve acontecer em questão de dias nas cidades em que a migração de rede já começou. Em Campinas, esse desligamento da rede da Oi acontece até o final de semana.
Segundo Capdeville, a migração já mostrou ganhos qualitativos. Além do fato de que 30% dos clientes da Oi Móvel terem realizado o roaming, o que significa que eles ficaram em situação que a rede da TIM atendia melhor, as medições mostraram também um uso mais intensivo da rede, com um ganho considerável na velocidade de conexão dos clientes da Oi Móvel e uma permanência maior na rede 4G. "A escolha do DDD 19 para testar essa migração buscou uma média da situação que vamos encontrar no mercado, então é possível dizer que os resultados devem ser sempre para melhor", disse Capdeville a esse noticiário. A TIM aposta no fato de que terá, em uma primeiro momento, uma relação espectro/base de clientes 50% mais confortável do que as concorrentes para não só intensificar as vendas quanto para melhorar a qualidade da experiência do usuário.
Segundo Homero Salum, diretor de rede de acesso da TIM, a expectativa é que em três meses o espectro da Oi nas áreas em que a TIM ficou com os clientes já esteja totalmente absorvido pela rede da TIM, e que nas demais áreas, onde a operadora receberá espectro da Vivo, em até oito meses esse processo de transferência esteja concluído.
Marco di Costanzo, diretor de engenharia de rede da TIM, lembra outro aspecto importante: os sites recebidos da Oi Móvel devem aliviar bastante a demanda que a TIM tem hoje por novos sites, sobretudo para o 5G. Com isso, a expectativa é que nos próximos dois ou três anos a empresa esteja com a quantidade de sites suficientes para a sua cobertura, sem depender apenas no licenciamento de prefeituras.
A operadora terá ainda cobertura em 264 municípios onde não tinha rede própria, e com isso passa a cobrir um total de 5,37 mil cidades, tornando-se a operadora com maior cobertura em todas as tecnologias e mais perto da meta de ter cobertura em todos os municípios até 2023. "Vamos colocar ao mercado 3,6 mil sites, completos, com equipamentos, contratos de uso das torrres e contrato de backhaul", explica Capdeville. Segundo ele, o que não for vendido, como determina a Anatel, será descontinuado ("decomissionado", na expressão da empresa), e os equipamentos poderão ser reaproveitados ou descartados.
Integração de bases
Já houve alguma integração de sistemas, porque o cliente da Oi Móvel que hoje ligar para a TIM já será identificado como tal e a TIM saberá se ele é um cliente pós-pago, pré-pago ou controle, mas por enquanto qualquer alteração ou pedido do cliente Oi Móvel será repassado para a Oi. A integração de sistemas começa para valer em julho, começando com os clientes controle e pré-pagos, para então evoluir para os planos pós-pagos. "Vamos aos poucos poder dar atendimento ao cliente que vem da Oi Móvel de maneira mais completa, à medida em que as integrações de sistemas acontecerem e tivermos os planos de migração totalmente desenvolvidos. Mas hoje já tratamos todos os clientes como um cliente TIM", diz Capdeville.
Assista a live com os responsáveis da TIM ao editor da teletime,Samuel Possebon.
https://youtu.be/unQDx3XOdOw
Fonte: Teletime News de 9 de maio de 2022, por Samuel Possebon.
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