Um estudo da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, desenvolveram uma solução para tentar substituir o Wi-Fi: uma conexão de rede baseada em raios infravermelhos. De acordo com o estudo, publicado pela instituição nesta sexta-feira, 17, a capacidade é maior, com 40 Gbps por cada feixe, além de ter conectividade individual, sem compartilhamento da capacidade. E a promessa é que a tecnologia é também mais barata.
A autora, a engenheira Joanne Oh, que recebeu o doutorado pela pesquisa, concebeu o sistema com algumas "antenas de luz" centrais montadas em um suporte. Elas são direcionadas em diferentes comprimentos de onda e em diferentes ângulos os feixes de luz a partir de fibras óticas. Caso o usuário se mova pelo local, outra luz da antena rastreia o movimento de forma inteligente, transmitindo o sinal diretamente. Outro ponto positivo é que não há partes móveis no equipamento, então ela afirma que não há necessidade de manutenção ou mesmo de eletricidade.
A pesquisa garante também que não há perigo de dano às retinas das pessoas, já que utilizam comprimentos de ondas "seguras", além de não ter problemas de interferências, como acontece com redes Wi-Fi. O sistema da pesquisadora da Universidade de Eindhoven utiliza frequências de 200 terahertz, milhares de vezes mais altas do que as utilizadas em Wi-Fi, como 2,5 GHz e 5 GHz, com comprimento de onda de 1.500 nanômetros. Em uma distância de 2,5 metros, Joanne Oh conseguiu uma velocidade de 42,8 Gbps.
A pesquisa é parte do projeto Browse, do professor de tecnologia de banda larga Ton Koonen, e recebe financiamento do Conselho de Pesquisa Europeu. A expectativa de Koonen é que a tecnologia possa se tornar viável comercialmente em cinco anos.
Fonte: Teletime News de 17 de março de 2017, por Bruno do Amaral.
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