Com 6,4 Mbps de velocidade média, o Brasil subiu duas posições em três meses e ficou em 85ª no ranking do relatório State of Internet da Akamai referente ao quarto trimestre de 2016 e divulgado nesta semana. Foi o maior crescimento anual do levantamento nas Américas, 55%, embora ainda esteja abaixo da média mundial de 7 Mbps. Comparado com o desempenho ao final de 2015, quando registrou 4,1 Mbps de velocidade média, o País avançou três posições.
Considerando velocidades acima de 4 Mbps, a banda larga brasileira ficou em 86º lugar, com 59% do tráfego, um avanço de 52% em relação ao ano anterior. Subiu uma posição em relação ao terceiro trimestre, mas caiu uma em comparação com o ano passado. No recorte de conexões acima de 10 Mbps, o Brasil aparece em 67º, com 16% e um dos maiores aumentos das Américas (452% em relação a 2015), o que garantiu três posições acima. O País ficou na mesma posição nas velocidades acima de 15 Mbps, apesar de ter crescido 537% e ficado com 5% do tráfego, o que não impediu de despencar nove posições.
O levantamento considera o tráfego nas redes da Akamai, que presta serviços de atacado e de redes de distribuição de conteúdo (CDN) no mundo. Nesta edição a empresa não apresentou o recorte de picos de velocidade média. O Brasil registrou no terceiro trimestre do ano passado 34,4 Mbps e fechou 2015 com uma média de 30,3 Mbps.
Internacional
Apesar do crescimento, a velocidade média brasileira ainda é inferior à média global, que foi de 7 Mbps no quarto trimestre, um aumento de 26% em relação ao ano passado. O país com maior média foi a Coreia do Sul, com 26,1 Mbps, apesar de queda de 2,4%.
No mundo, 79% das conexões são acima de 4 Mbps, um avanço de 15% no comparativo anual. O percentual cai para 42% se considerar velocidades acima de 10 Mbps, apesar de um aumento de 31%. Apenas um quarto (25%) das conexões são acima de 15 Mbps, após crescimento de 37%; e somente 10% são acima de 25 Mbps (aumento de 45%).
IPv4
O Brasil aparece em terceiro lugar em quantidade de endereços IPv4 únicos, com 47,2 milhões, uma redução de 1,4% em relação ao ano passado. Vale lembrar que o País anunciou recentemente o esgotamento do repositório de números com esse protocolo. No mundo, havia ao final do ano passado 806,8 milhões de endereços IPv4. O mercado brasileiro continua não figurando entre os dez maiores a adotar o IPv6 (em primeiro vem a Bélgica, com 47% do tráfego já nesse protocolo), e desta vez apenas uma operadora brasileira aparece entre as 20 maiores – a Net conta com 16% do seu tráfego em IPv6.
Fonte: Teletime News de 10 de março de 2017, por Bruno do Amaral.
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