terça-feira, 14 de março de 2017

Versão preliminar da 5G será padronizada já em março de 2018

A iniciativa global de padronização 3GPP aprovou na semana passada um novo cronograma para acelerar a implantação do Novo Rádio (NR) 5G, uma espécie de estágio intermediário entre o LTE e a quinta geração propriamente dita. A organização estabeleceu para março de 2018 – seis meses antes do previsto anteriormente – a data de finalização do modo non-standalone (NSA, ou seja, "dependente") do modo NR para banda larga móvel. A plataforma é dependente porque ainda utilizará tecnologia LTE, mas também contará com portadoras 5G NR (e evolved packet core – EPC) para maiores velocidades e menor latência. O modo completo independente (standalone) do NR será finalizado pouco depois, em setembro do mesmo ano.
A proposta original do padrão para 5G NR deveria ser parte do Release 15 do 3GPP. Essa versão já lidaria com bandas sub-6 GHz e ondas milimétricas (mmWave), mas, como utiliza infraestruturas e dispositivos que precisam de padronizações específicas (como a pendente definição de espectros na conferência de radiocomunicação da UIT em 2019), a conclusão do trabalho só poderia acontecer por volta de 2020. Para contornar isso, o modo NSA se apoiará ainda em LTE. A ideia é possibilitar implantações de teste para a estratégia da rede móvel de quinta geração antes do previsto, com serviços lançados já em 2019.
Durante a Mobile World Congress, que aconteceu em Barcelona há duas semanas, companhias como Nokia e Telefónica expressaram preocupações a respeito do adiantamento do cronograma. A argumentação era de que isso poderia tirar foco do desenvolvimento do 5G NR standalone, que deverá ter core de rede de próxima geração (que, por sua vez, deverá ser padronizado em junho de 2018). Porém, na apresentação do 3GPP sobre o padrão intermediário, constam os nomes de ambas as empresas como apoiadores, o que sugere ter havido uma pacificação e comprometimento com o desenvolvimento do standalone. Além das duas empresas, são mencionadas Apple, AT&T, China Telecom, Cisco, Deutsche Telekom, Docomo, Ericsson, Huawei, LG, NEC, Nokia, Qualcomm, Samsung, Sony, Telecom Italia e Verizon, entre outras.

Fonte: Teletime News de 13 de março de 2017, por Bruno do Amaral.

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