quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Futuro sócio da TIM deve ficar com controle da unidade de fibra ótica

Em busca de um sócio para acelerar os investimentos em redes fixas de fibra ótica no Brasil, a TIM revelou que o novo parceiro deve ficar com 51% da participação e o controle na nova empresa que deve ser criada para esse objetivo.

"Para o final do ano, vamos fazer uma empresa separada para gerenciar somente infraestrutura do fixo, deixando o controle dessa empresa com parceiro, que vai pegar 51%", afirmou o CEO da TIM, Pietro Labriola, durante live do canal Stock Pickers realizada nesta terça-feira, 25.

A estratégia consta no plano estratégico trienal da operadora. Em maio, a Telecom Italia (controladora da TIM) havia informado que um NDA (non-disclosure agreement, ou termo de confidencialidade) estava sendo assinado com um investidor não revelado. A spin-off para redes neutras deve receber propostas vinculantes a partir de setembro.

Segundo o executivo, uma das características que guiou a decisão é o descompasso ainda existente entre receitas e investimentos na rede fixa. Hoje, a divisão concentra 3% da receita do grupo, mas 10% do capex – que teria um intervalo de sete a oito anos para dar retorno. Com o modelo da separação estrutural, a intenção é "acelerar a cobertura em fibra sem ter impacto no móvel".
Estratégia

Para Pietro Labriola, o fato da empresa ser uma operadora predominantemente móvel (ao contrário das concorrentes, que têm amplas redes fixas) é um dos fatores que têm permitido maior agilidade estratégica para decisões ao longo dos últimos anos.





Segundo Labriola, a própria estratégia de separação estrutural seria um caminho trilhado primeiro pela TIM e depois seguido pelas concorrentes. "Começamos a trabalhar nesse assunto em outubro do ano passado. Depois veio a Oi e colocou empresa de infraestrutura de fibra [no novo plano de recuperação judicial], e agora a Vivo colocou a mesma coisa", provocou.

Fonte: Teletime News de 25 de agosto de 2020, por Henrique Julião.

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