A Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial (Espec) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou um inquérito civil público para investigar a empresa BaseUp pela comercialização, em loja virtual, de dados pessoais de mais de 10 milhões de brasileiros.
De acordo com a apuração da Espec, além do nome completo, número do RG e CPF dos cidadãos, a BaseUp disponibiliza de forma ilegal o endereço e meios para contato com os titulares dos documentos. As informações são oferecidas em pacotes e de forma segmentada. No cardápio é possível escolher o estado de origem dos dados.
A loja virtual da BaseUp que é ancorada no site institucional da empresa. Qualquer um pode comprar as informações pessoais de milhares de brasileiros. Os preços variam, mas com R$ 299,00, por exemplo, é possível comprar uma base dados do Distrito Federal com informações de 21.114 registros, separados por região administrativa.
No inquérito, a Espec sustenta que a Constituição Federal afirma serem invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. O MPDFT também afirma que o Marco Civil da Internet garante aos usuários o direito de inviolabilidade dos dados pessoais, inclusive registros de conexão e de acesso.
Além de abrir investigação, a Espec solicitou ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br (NIC.br) o congelamento do domínio da BaseUp e a confirmação da identidade do responsável pelo registro.
* Com informações do MPDFT
Fonte: Convergência Digital de 17 de janeiro de 2020, pela Redação da Convergência Digital
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