Claro, TIM, e Vivo decidiram apresentar nova oferta vinculante pela Oi Móvel para tentar cobrir a oferta vinculante realizada pela Highline. Desta vez, contudo, as operadoras optaram por publicar o valor: a nova proposta é de R$ 16,5 bilhões, que inclui também a possibilidade de o Grupo Oi assinar contratos de longo prazo para uso de infraestrutura.
Em comunicado enviado ao mercado na noite desta segunda-feira, 27, as operadoras informam a prorrogação e revisão da oferta vinculante anterior, divulgada em 18 de julho. Foram fatos relevantes separados para Vivo, Claro e TIM, com conteúdo semelhante.
Assim como na oferta anterior, esta nova proposta será submetida à Oi, sendo sujeita a "determinadas condições, especialmente a seleção das ofertantes como 'stalking horse' ('primeiro proponente') , com o direito de oferecer valor maior do que eventual proposta apresentada por terceiro ('right to top') no processo competitivo de venda do negócio móvel".
Melhorias
Apesar de ser uma proposta de consolidação, as empresas afirmam que isso favorece a competitividade, dizendo que "está em linha com a regulação que visa construir e consolidar no País um serviço de telefonia móvel forte e eficiente". A oferta da Highline considera uma rede móvel neutra para o atacado, o que demandaria uma alteração regulatória por parte da Anatel.
No comunicado enviado ao mercado, Claro, Vivo e TIM dizem que a revisão da oferta reafirma o interesse na aquisição dos ativos móveis da Oi, "bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no País, considerando a larga experiência global que possui no setor de telecomunicações e o profundo conhecimento do merca do brasileiro". Todas as operadoras dizem ter "solidez financeira, com presença e histórico de intensos investimentos de longo prazo no Brasil". Vivo e TIM apresentarão seu balanço financeiro do segundo trimestre na próxima quarta-feira, 29.
Os comunicados dizem ainda que a aquisição da Oi Móvel trará benefícios a acionistas por meio da aceleração de crescimento e geração de eficiências. Pelo lado dos clientes, haveria melhoria na experiência de uso e serviço prestado. Para o setor, afirmam que haverá reforço na capacidade de investimento e inovação tecnológica. A avaliação das operadoras é que a oferta endereça as necessidades financeiras da Oi, para que possa implantar o plano estratégico e atender aos credores no Plano de Recuperação Judicial.
Fonte: Teletime News de 27 de julho de 2020, por Bruno do Amaral.
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