O compartilhamento de espectro (RAN Sharing) com a TIM está caminhando bem, segundo o CEO da Vivo, Christian Gebara. A empresa agora estuda de que formas pode expandir as ações no acordo, com novas cidades para o 4G, expansão do piloto de rede única no 2G e até desligamento dessa tecnologia do GSM.
Neste último caso, a expectativa é que o programa seja iniciado neste ano, mas com um switch-off total ainda em médio prazo. O executivo afirmou nesta quarta-feira, 23, em conferência para analistas, que espera "muita eficiência de custo" e a liberação de mais espectro para outras tecnologias por meio do refarming, assim como as empresas já fazem com a faixa de 1.800 MHz.
"Esperamos fazer isso em 2022. Foi um pouco atrasado porque tivemos que desenvolver sistemas de TI em ambas companhias, mas o potencial é muito alto, podemos desligar a rede em alguns anos", declara. "Poderemos ter cobertura onde não temos ou combinar economias de Capex com Capex evitado."
O projeto de single-grid do 2G está mais avançado, com uma nova previsão de ser expandido para cerca de 400 cidades. TIM e Vivo fizeram um piloto para um total de 50 cidades (25 para cada), mas Gebara considera que se trata de um projeto complexo por conta da infraestrutura necessária. "O piloto foi bem, e agora estamos mapeando o próximo passo. O potencial é de 1,6 mil cidades, e talvez façamos 25% disso neste ano", reitera. Naturalmente, esse passo seria também uma preparação para um eventual futuro desligamento do GSM.
No 4G, o CEO da Vivo apenas atualizou que já contam com 360 novas cidades no acordo de RAN Sharing, com igual número para a TIM. Ou seja, 720 novas cidades, apenas quatro a mais do que no terceiro trimestre de 2021. Mas a expansão do acordo nessa tecnologia ainda não está tão bem definida. "Talvez possamos ver novas cidades no futuro", conclui.
Fonte: Teletime News de 23 de fevereiro de 2022, por Bruno do Amaral.
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